Chiclete: Como é feita a Goma de Mascar
Ao desvendar os ingredientes principais da goma de mascar, o açúcar se revela como o primeiro deles. No entanto, diferentemente do saco encontrado no supermercado, a fábrica utiliza um bag com uma tonelada e duzentos quilos de açúcar. Para evitar aquela sensação “crec crec” ao mastigar a goma, o açúcar passa por um processo de moagem para se tornar mais fino e imperceptível. Os apresentadores mostram um moinho de açúcar, cujo produto resultante é ainda mais fino do que o açúcar de confeiteiro encontrado nas prateleiras dos supermercados.

O segundo ingrediente revelado é a glicose, conhecida também como glucose. Trata-se de um líquido altamente viscoso, tão espesso que não pode fluir pelos canos da fábrica. Portanto, é necessário aquecê-lo para que possa ser misturado aos demais ingredientes. E, finalmente, chega o momento de revelar o terceiro e mais aguardado ingrediente: a goma base. À primeira vista, parece um pedaço de plástico sem cheiro. Porém, ao mastigá-la, a sensação é semelhante a morder um pedaço de chinelo. Os apresentadores convidam um especialista para explicar que a goma base é uma resina sintética de origem mineral, aprovada pelo órgão americano FDE, responsável pela aprovação das matérias-primas usadas em alimentos. Essa substância tem a função de imitar as características da borracha, conferindo elasticidade à goma de mascar. O componente branco encontrado na goma base é amido, utilizado para evitar que as camadas grudem umas nas outras.
Em seguida, os apresentadores conduzem os espectadores pelos diferentes estágios do processo de fabricação. Os três ingredientes são colocados em uma amassadora, que lembra uma máquina de amassar pão. Nesse momento, também é adicionado o aroma da goma de mascar, um segredo industrial guardado sob sigilo. A máquina realiza a mistura, dando origem a uma massa que se assemelha a um pão. Essa massa passa por aquecimento e é transferida para uma extrusora, uma máquina similar a uma máquina de churros, porém destinada a dar forma à goma de mascar em formato de corda, já recheada com o sabor desejado.
As cordas de goma de mascar são cortadas por boleadoras, que transformam a corda em pequenas bolinhas. As máquinas possuem um refrigerador interno para resfriar a massa, evitando que as bolinhas grudem entre si. O processo de cura é essencial para alcançar a textura adequada. Após esse estágio, as bolinhas de goma de mascar são levadas para uma sala controlada de temperatura e umidade, onde ficam por até 44 horas, permitindo que atinjam a consistência ideal.
O próximo passo é a etapa de dragê, na qual as bolinhas de goma de mascar são pintadas. Utilizando um xarope contendo açúcar, glicose, corante e essência de melão, a tinta é adicionada cuidadosamente às bolinhas, conferindo a cor e o sabor desejados. Esse processo é quase artesanal, visando alcançar a perfeição na pintura de cada unidade. Após a pintura, as gomas de mascar ganham sua forma final.
Chega o momento de embalar o produto, e a fábrica oferece diferentes formatos, como o de melão, bolinhas de tênis, hambúrgueres e garrafinhas de refrigerante. As gomas de mascar são transportadas por uma calha vibratória e chegam até uma balança que opera de forma peculiar. A máquina utiliza um mecanismo de trepidação para depositar entre 15 e 30 gramas de goma de mascar em cada compartimento, até atingir o peso desejado de 80 gramas para cada pacote. Com um cálculo preciso, o computador determina a melhor combinação de compartimentos para atingir o peso adequado. A embalagem é feita por meio de duas fitas plásticas unidas por alta temperatura.
Ao finalizar a visita à fábrica, os apresentadores revelam que são fabricadas cerca de 70 toneladas de goma de mascar por mês no local, deixando os espectadores maravilhados com a complexidade e os cuidados envolvidos nesse processo. Agora, o público pode saborear a goma de mascar com uma nova apreciação, conhecendo todos os detalhes por trás dessa deliciosa guloseima.