Hyundai Creta usado vira alvo após onda de falhas e donos relatam medo real de continuar rodando com o SUV

O Hyundai Creta explodiu em reclamações que vão de falhas elétricas a risco nos freios e um detalhe no motor 1.0 turbo ainda deixa dúvidas no ar
Publicado por Alan Correa em Hyundai dia 18/11/2025

O Hyundai Creta conquistou espaço rápido no Brasil, mas o acúmulo de quilometragem revelou defeitos sérios em sistemas que deveriam durar mais. Muitos proprietários relatam estalos na direção elétrica e falhas no módulo que exigem longos períodos na concessionária.

O Creta acumula relatos graves de falhas elétricas, no motor 1.0 turbo e até no sistema de freios, criando um alerta real para quem depende do SUV todos os dias.
O Creta acumula relatos graves de falhas elétricas, no motor 1.0 turbo e até no sistema de freios, criando um alerta real para quem depende do SUV todos os dias.

A direção apresenta ruídos metálicos e desgaste precoce, especialmente em unidades mais antigas usadas diariamente em trânsito pesado. Esse comportamento recorrente reforça a sensação de que o sistema não acompanha o ritmo do uso urbano intenso.

O ar condicionado também se tornou um ponto crítico. Diversos donos dizem que o sistema perde eficiência, deixa de gelar ou simplesmente para de funcionar, às vezes com poucos meses de uso. O evaporador sofre com corrosão e pode provocar vazamentos que contaminam o fluido de arrefecimento.

A infiltração nos faróis aparece com frequência em unidades de baixa quilometragem, gerando embaçamento interno e umidade constante. Em vários atendimentos, a falha foi considerada fora da garantia, o que aumentou a insatisfação de quem ainda esperava suporte da marca.

Bateria, falhas elétricas e módulos sensíveis

Mesmo com boa ergonomia e conforto, o Creta entrega condução agradável nas versões antigas 1.6 e 2.0, que seguem bem avaliadas e mostram durabilidade sólida no uso urbano.
Mesmo com boa ergonomia e conforto, o Creta entrega condução agradável nas versões antigas 1.6 e 2.0, que seguem bem avaliadas e mostram durabilidade sólida no uso urbano.

A bateria original do Creta é um dos itens mais criticados. Há muitos relatos de descargas repentinas mesmo com revisões em dia, afetando especialmente as versões mais completas carregadas de eletrônica.

Quando a bateria falha, outros sistemas começam a dar sinais de alerta. Módulos da direção, do ar frio e sensores diversos apresentam pane em carros com menos de dois anos, algo que surpreende quem esperava maior durabilidade para um SUV desse porte.

A dificuldade em encontrar peças agrava a situação. Proprietários afirmam que esperaram semanas por bicos injetores, módulos da direção elétrica e componentes simples do sistema de climatização. Esse cenário deixa muitos motoristas sem carro por longos períodos.

O conjunto dessas ocorrências reforça a percepção de que o Creta sofre desgaste acelerado em itens elétricos e eletrônicos, sobretudo em rotinas urbanas com ar condicionado constante e liga desliga frequente.

Motor 1.0 TGDI, injeção direta e falhas em movimento

O maior problema está no 1.0 turbo. Há casos de perda de potência, bicos sensíveis e desligamentos súbitos, criando um ponto de atenção que contrasta com a proposta de modernidade.
O maior problema está no 1.0 turbo. Há casos de perda de potência, bicos sensíveis e desligamentos súbitos, criando um ponto de atenção que contrasta com a proposta de modernidade.

A chegada do motor 1.0 turbo de injeção direta ampliou o número de reclamações. Bicos injetores sensíveis e combustível de qualidade irregular provocam perda de potência, cortes súbitos e desligamentos em movimento.

A injeção direta exige combustível melhor, mas a realidade brasileira nem sempre acompanha essa demanda técnica. O resultado é entupimento, falhas recorrentes e longas esperas por peças de reposição mesmo em concessionárias grandes.

O contraste com os antigos motores 1.6 e 2.0, conhecidos pela durabilidade robusta, é evidente. O novo conjunto turbo ainda passa por um período de amadurecimento e acumula relatos que preocupam quem roda longas distâncias.

Em vários casos, o defeito volta depois do reparo, criando um ciclo caro e demorado para o proprietário. A sensação de insegurança aumenta, principalmente quando o carro perde força em ultrapassagens ou rampas.

Freios, segurança e respostas da marca

No cotidiano, essas falhas se traduzem em panes inesperadas, longas esperas por peças e aumento de custos. Donos relatam carros parados por semanas aguardando itens simples.
No cotidiano, essas falhas se traduzem em panes inesperadas, longas esperas por peças e aumento de custos. Donos relatam carros parados por semanas aguardando itens simples.

Os problemas mais graves envolvem os freios. Há relatos de pedal endurecido que deixa de responder, levando o carro a avançar sem parar, o que força manobras de emergência para evitar colisões.

Em outras situações, o sistema trava as rodas ou fica inoperante por segundos que parecem eternos. Quando esses episódios ocorrem em vias rápidas, o risco aumenta de forma significativa e causa medo nos proprietários.

A Hyundai costuma classificar esses casos como pontuais, mas o volume de queixas e a gravidade dos sintomas colocam o Creta sob observação. Especialistas defendem investigação mais profunda sempre que um defeito crítico aparece repetidamente.

O único recall oficial da linha, em 2020, envolveu o cilindro mestre de um lote específico. Desde então, relatos recentes sobre o sistema de frenagem chamam atenção, especialmente nas versões com motor 1.0 turbo.

Conclusão

O Hyundai Creta continua popular e vende bem, porém a quantidade de defeitos relatados em direção, ar condicionado, bateria, eletrônica, motor turbo e freios acende um alerta importante para quem já tem o SUV e para quem pensa em comprar um usado ou zero quilômetro.

Fonte: Carro.Blog.Br, Reclameaqui, Mobiauto e AutoEsporte.